terça-feira, agosto 29, 2006

Olea Pyrus (Oliveira Pereira)

Cheguei a Portalegre no sábado pelas dezasseis horas. Cada vez mais o medo se me apoderava do pensamento, só pensava na prenda de anos que me esperava na Rabada spot secret, a via “Olea Pyrus” uma prenda de aniversário dos grandes amigos Sérgio e Teixinha. Cada vez que consultava o blog onde haviam anunciado o término dos trabalhos na rabada, um frio corria pelas minhas costas, logo tinha de deixar de pensar nos contornos da via, se tinha se não tinha…
Ontem dia 27 de Agosto a grande via caiu aos meus pés. È difícil descrever as emoções que esta me proporcionou, mas vou tentar.

Para não variar chegamos tardíssimo à teixinha, o sol já ia alto, mas seguimos viagem para o encontro final entre mim e mais bela prenda de anos que alguma vez tive.
Quando chegamos perto da “falésia” alguém disse: - Se calhar não vai dar, está muito calor…
Hummm respirei de alivio e concordei sem mais hesitações, acrescentando que estavam connosco as filhas do Teixinha o sobrinho e a Lena, que era difícil para esta malta que não estava habituada, coisa feia esconder o meu medo nas debilitações dos outros.
Enfim, mas ninguém disse mais nada e seguimos caminho, raramente tinha coragem de falar, só pensava em distâncias quilométricas entre seguros, com agravante de que estive 3 semanas afastada da escalada.
Chegados lá o Sérgio e o Teixinha foram colocar duas chapas que estavam em falta, chapas essas que são hoje uma reunião intermédia. Sim teria sido mais fácil fazer a via em dois largos, do que directa.
Logo que acabaram os trabalhos de equipamento dirigiram-se para mim: – vá Natália é tua oportunidade, está pronta para ti, é a tua prenda…
Miauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu, disse eu em causa de desespero, -não vimos cá logo mais pela fresca, está muito calor. Logo me dissuadiu o Teixinha dizendo, -não, as crianças não aguentam fazer esta caminhada outra vez. Sem hipóteses iniciei o meu equipamento, o medo estava estampado na minha cara, três semanas sem escalar, uma via de 30 metros com chapas raríssimas, mas não fui desprevenida, levei micro-friends e a nova aquisição do Teixinha um camalote C4 nº 2.

Quando reparei já estava na parede, a primeira chapa para não variar, estava a três metros do chão, mas em terreno muito fácil. Para verem o meu medo mal chapei a primeira perguntei imediatamente: -onde está a outraaaaaaaaa…. Foi quando chapei a segunda que me deparei com uma auto-estrada desprotegida, uma placa muito positiva com uma linha continua ao meio, ou seja, uma micro-fenda, hesitei e disse: isto era desnecessário… ouvi algumas risadas… Pensei vou colocar um friend, mas não me perguntem como mas enchi-me de coragem e mais alguma coisa e lá fui eu, mas os problemas não haviam acabado, logo de seguida encontrei uma placa completamente vertical, exposta…descansei mas sabia que não podia hesitar, logo de seguida sem saber o que me esperava segui e foi um delírio total até ao final, passando por travessias horizontais, onde apenas podia chapar quando estava com a cintura ao pé da chapa, pois já não era capaz de puxar a corda com o peso que esta exercia. A via “Olea Pyrus” é de facto a mais bela que conheci até hoje, é uma experiência única, o ambiente envolvente inspira muito, cheguei mesmo a pensar que estava num desses destinos de férias de escalada.

Em relação ao grau da via, não sei dizer nada, sei apenas que adorei faze-la, a felicidade quando desci foi imensa, porque desafiei-me a mim própria e tive que lutar com o medo durante 30 metros verticais, pena não haver fotos, mas vamos lá voltar para uma sessão fotográfica.

O Sérgio em seguida repetiu a “Olea Pyrus”, sem hesitações e o Teixinha encadeou (first ascent) “Ovelhas não são para mato”, a descrição esperamos pelo relato do protagonista, apenas posso adiantar alguns grunhidos que ouvi: -humm,ahhhh,fodssss….

Em seguida Mrs Sérgio sacou “Ovelhas não são para mato” sem qualquer esforço (ele não escala, ele dança na parede). Esta via é também comemorativa, foi equipada no dia em que Sérgio e Teixinha (à um ano atrás) foram apresentados e surgiu a possibilidade de equipar a mais bela escola alentejana, a Penha de Portalegre, um sonho de muitos anos.

E assim se juntou a malta mais ensarilha que conheço até então.

Até breve

quinta-feira, agosto 24, 2006

Bilito casca d'ovo - 6b/+

Ontem o luís sacou a "Bilito casca d'ovo - 6b/b+", sendo esta a primeira repetição da via. Seguiram-se masi ensaios da minha parte à "Mr. Baggins - 7?" (um ensaio[fica-se logo roto]), ainda não consegui a inteligência para desencantar uma das secções (a que saiu a pedra), aquilo parte-me o miolo todo. O resto da via já tem os movimentos sacados (...porém falta o power para fazer a sequência). Ao fim de tão heróicos esforços fomos comer um arroz de marisco para 4 (apesar de ser-nos 2, não sobrou), um branco fresquinho acompanhou.

quarta-feira, agosto 23, 2006

luis serra saca a aldir

Ontem fizemos a sequência "bilito" - 6b/b+, "aldir" - 6b, "big bang"- 6a+/b e no final ensaiei a "mr baggins"-7a?. O luis finalmene saca a "aldir".
Na segunda eu e o Jonhy começamos a equipar uma nova via (depois de duas semanas sabáticas), as baterias da "perfuradora" descarregaram e só deu mesmo para o top. Tb na segunda o joão saca a "derrucada numa noite de s. joão" - Vº. ate breve

quarta-feira, agosto 16, 2006

Placas de marvão - o sonho de um "penedo da amizade" alentejano

ÀS vezes o que parece não é. e constatei isso ontem. tinha visto à tempos umas placas de granito na encosta de marvão, que me pareciam ao longe muito loucas, já andava para lá ir à bastante tempo. Fui eu o luis o ricardo e uma miuda que vinha com ele a ana. o sitio é muito lindo, caminhos escondidos do sol por castanheiros jovens e muito verdinhos. o caminho serpenteia pelo meio de um caos de blocos gigantescos. as placas afinal não eram assim tão altas, ou assim tão inclidanas, o granito é um pouco podre e desfaz-se, brincamos um bocado em chaminés, passeei de pés de gato, andei por grutas... O ricardo e a ana foram-se embora eu e o luis montamos um tope e estivemos lá a provar um bloco highball muito louco, regressamos a casa esfoladas as mãos.

Aguja Negra - oeste clássica - Vº - 300metros

1957 por Francisco brasas, Pedro Acuña e Salvador Rivas.

è ua grande clásica, considerada uma das maiores vias do "galayar".

Começamos a via às 8:15h após ter despejado a tripa.

L1-40m - tive o prazer de começar eu. um murito de entrada Vº-(um pouquito intimidante) dá entrada a um diedro/chaminé IVº(estilo livro meio aberto), um pouco tombado, com tramos verticais. protecção fácil mas com alguns passos masi arrastados, a chaminé final Vº- ligeiramente extraprumada fez-me olhar para o chão algumas vezes. passada a chaminé o joão avisou que só tinha 2m de corda. montei as minhas caracteristicas reuniões à prova de bomba como pude e lá veio o joão.

L2-15m - ataca-se uma pequena chaminé à direita IVº, depois de sair desta à um grade pátio horizontal que se atravessa para a direita e monta-se reunião em dois pitons. Enqunato segurava o João vi um gajo a cagar e a mirar a via, quando olhei para ele levantou-me o braço e continuou tranquilamente. pouco depois perguntava se o jonhy ja tinha chagado à reunião, disse-lhe que não mas ele meteu-se na mesma à via.

Jonhy no L2

L3-35 m. 5 pitons - metemo-nos numa placa dificil de proteger, passado 5 ou 6 metros meti um micro, segue-se a linha dos pitons V- "y mantenido", é largo mais bonito da via e que mais prazer me deu... espectacular. A reunião é numa plataforma pequena mas confortável em dois pitons. o joão lá em baixo fazia amizade com dois tipos gadelhudos. depois lá veio.

Eu no inicio da placa


L4-40 m - por placa facil III até ao inicio do diedro/chaminé. Chegaram os gadelhudos à reunião e à conversa com eles um diz "ali é o pasa clave", e eu perguntei "o da chaminá?" ele disse que sim, fiquei assustado, o joão queria a todo o custo que este largo me calhasse a mim e descrito nos croquis como: "un poco penoso", os espanhois disseram:"- no lo digas nada!", e eu "claro que não". O joão já se ouvia miar, o gadelhudo comenta: "- mira como geme el tio.." LOL. Às tantas diz o João "Fo**-** Sérgio!", lá tive que lhe dizer que aquilo era a chaminé, que estava tudo previsto. acho que me rogou umas quantas pragas,e entr uns quantos uis, unfs e muis lá subiu e não caiu. A horas tantas da punta maria luisa um gajo grita "cordadaaa portugueeesaaa, no és por aí!, coradade em la aguja negra!" o joão lá se apercebeu que era com ele e conseguio rodar 2graus a cabeça e disse
-ein?
-não é por aí, por aí é "Arañas amarillas", destrepa um poco e sale à esquierda, reunion à 3 metros - disse o gajo aso gritos.
Mais uns ui e muis e lá montou reunião em dois pitons. Subi rapidamente, o passo da chaminé é de facto um pouco penoso mas pode-se protejer num piton. a parte mais dificil da via tinha passado.


L5-55 m - por um canbal III até chegar a uma cómoda plataforma na base de um muro,
atacamos o muro em que um rasto de pitons +/- 6 nos leva ao famoso jardim dos botânicos, onde no limite da corda montei reunião. Ás tantas vêm um dos gadelhudos em "ensamble" pediu para passar à frente, e lá foi mandando pedras. calhaus do tamanho de bolas de futebol... fonix. O joão lá vem.

L6-55m
por terreno facil depois por um curto e bonito diedro, depois para a esquerda em direcção a dois subprumos com diedros donde na sua base encontramos pitons e uma ponte de rocha gigante par amontar reunião, enquanto segurava o joão chegou mias uma cordada de friquis... eram amigos dos primeiros. e tb mandavam pedras.


L7-25 m
pelo diedro da direita Vº- (o que tem menos musgo), é um pouco confuso, alietório e bastante vertical, começa-se a ver o chão muito muito longe, cheguei a um pequeno nicho com dois piton e quando espreitei para o diedro final em "v" começou-me a dar muita "molesa", estes dois largos são espectacularmente aéreos. tinha a desculpa de ter pouo material e montei ali uma renião +/- precária.

L8-15m
Ainda tive alguma esperança que o joão quisesse abrir olargo, mas logo ele me dissuadiu desses sonhso utópicos.
Muni-me de coragem e lá arranquei só a saida é que era com mais ambiente (afinal não era tão complicado como parecia...) cheguei ao cume e num bloco podre e solto passe uma fita velha e montei reunião (era a cereja em cima do bolo). lá veio o joão aos uies muis e CUMI.

Descemos pela direita por uma corda dos gadelhudos praí 5m depois caminha-mos um pouco e montamos um rappel de 25 e deixamos a corda para os gadelhudos. demos a volta pelo espaldar (não conhecemos bem a descida pelo "canal de los cabardes"), eu de pés de gato foi a minha vez de miar, ainda é uma grande caminhada, a passar pelo refugio bebemos uma cerveja semi fresca (o majara cortou o cabelo à "morangos com açucar!!"). descemos até aso macutos, dos macutos até ao carro e do carro até casa... ahhh vida boa.

Pequeño Galayo - Oeste - IV+, 140m

L1 - Jonhy - segue-se por um diedro que faz uma ligeira diagonal à esquerda, até à base de um pequeno muro vertical 5m, protegido com 3 pitons, a parte mais bonita da via. Monta-se a reunião numa confortável plataforma.

L2 - sesa - Ataquei a fissura da direita (deveria ter tomado a da esquerda), as coisas complicaram-se e tive que fazer uma travessia manhosa de uns 4 metros sem possibilidade de proteger de uma fissura para a outra, não pude proteger logo no inicio da nova fissura (devido ao pêndulo do segundo de cordada), a ultima protecção eram um micro 000 subi pela fissura entalando mãos e pés e passado uns 3 ou 4 metros meti um camalot n3 e as latidas do coraçãop ecoaram menos medo. reunião numa plataforma confortável.

L3 - Jonhy, a partir daqui a parede fica mais tombada, segue-se em frente pela placa fácil, em direcção a um "canalizo" evidente, até ficar por baixo do caracteristico "bloque cimero".

L4 - sesa - contornei o bloco pela direita por uma fissura diagonal. montei reunião.

o véu negro da noite já tinah descido, com a razão a mandar mais do que o coração, prescindimos do cume (uma curta fissura de mãos V+, ou pela placa "Rivas", 6 m de pequenos agarres sem protecção).

No croqui diz que se pode "bajar casi andando" (confirmamos que sim no dia seguinte), a noite obrigou-nos a fazer 3 rapeles até ao canal de Trocha Palomo. No primeiro rapel pensei que iria até ao chão, no segundo tb, mas foi só o terceiro, estavamos altitos..

descemos o canal pegamos na mochila da base da via e fomos até ao refúgio, tavam lá uns portugas aflitos. pensavam que tinhamos ensarilhado e que poderiamos precisar de ajuda, poderiamos num ter luz, etc... quando nos mete-mos na via ja sabiamos que os rapeis seriam à luz de frontal... mas é sempre bom sentir que se preocupam connosco.

segunda-feira, agosto 14, 2006

Rivas-Acuña en la Aguja Negra – oeste – 300mts – D inf


Eu e o joão no cume da agulha negra - a sul do torreon ao fundo.



Calor, medo, alegria, frio, calor, medo, alegria, sono e cansaço.
Bons e maus momentos

Saímos sábado às 8h da manhã.
Paramos em Cáceres para ir ao Correfuri comprar chorizo e queso cabrales (a garrafa de tinto já repousava na mochila). Seguimos viagem e após algumas paragens para cafés solos ou tortillas chegamos ao navarral por volta das 15h. Mergulho no tanque e toca a subir. Chegamos à base da Punta Maria luísa (íamos fazer a rivas acuña) por volta das 17:30 estavam lá uns caramelos para se meterem à via. Como não gostamos de confusõe subimos mais um pouco e fizemos a oeste do pequeno galayo.
Descemos já de noite, não encontrava-mos a descida (casi andando) lá fizemos 3 ou 4 rapeles manhosos. Passamos pela porta do refúgio victory e estavam lá uns tugas prontos para nos resgatar…



Não estavamos sós....


Fomos para o Bivaque Varanda na parede por detrás do refúgio. É o bivaque com melhor vista. Comemos liofilizações, chouriço, queijo de cabrales, pão e mamamos a garrafa de tinto. Ao fim já era só rir cada vez que olhávamos para a silhueta da Agulha Negra. Não são os relógios que marcam as horas, mas sim os fins de tarde avermelhados e belos amanheceres.

A noite foi bela como todas as noites nos Galayos. Com os olhos a espreitar pela brecha do saco cama, a hesitação entre querer ver os cumes negros recortados no estrelado e o resguardar do vento gelado. A inquietude do dia seguinte.

Levantei-me várias vezes durante a noite. O desconforto de sair/entrar no saco cama é largamente recompensado pelos momentos em que só, sentado numa pedra, olhas para o céu, para o negro denso das agulhas, vês as luzes dos povoados lá longe. Encontras a paz que lá em baixo não consegues sequer imaginar. O vento gelado refresca-te o rosto e lava-te o cérebro.

Amanheceu cedo, a minha inquietude ia aumentando, e quando as ultimas estrelas estavam a desaparecer acordei o João – tinha chegado a hora. Tomamos o cappucino quentinho ainda enrolados no saco cama. Preparamos as coisas e caminhamos até à base da agulha negra, queríamos ser a primeira cordada a entrar na parede. Outras nos seguiram, fizemos amizades, tiramos macacos do nariz enquanto esperávamos na reunião, vimos a habilidade dos que não levavam capacete em se desviar das pedras.
E arrastamo-nos por aquela parede sem fim.

Oito horas depois tínhamos feito cume e rapelado para o “espaldar”, faltava o caminho de regresso, já sabia o que me esperava uma hora e tal a andar e eu de pés de gato, passamos pelo refugio para beber uma cerveja, fomos buscar os macutos e descemos.

…com mais um cabelo branco, as unhas levantadas da carne, espuma e risos nos lábios as pernas tropeças, olhos cansados. Ao pé do carro voltamos ao tanque.

mas o cheiro a chulé continua no carro… em memória do cabrales.

sexta-feira, agosto 11, 2006

ITIS

aluminitis, casquitis, colaboritis - ou cena parecida porque o croqui é manuscrito e ainda por cima em espanhol!
Ontem eu, o joão, o luis e o ricardo fomos a Puerto Roque fritar as mãos na pedra, aquilo era reacção automática, encosta a mão na pedra sentes assim como se a estivesses a meter no caldeirão, começa a ficar molhada, molhada, empapada a poliçar - ai a vida...
Estava com muita calma e nostalgia, sem esforço, distraidamente, sem me aperceber saquei as vias do itis 6a, 6b e 6b+ e depois ainda fui á bella "rere sopa - 6a+/b" - guapissima. continuei calmo e regressei a casa. bebi 3 cervejas geladas. vi o filme "lady in the water" e às três e tal da matina estendi-me, ajeitei a almofada e desmaiei.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Derrucada numa Noite de S.João

Ontem fui com o Luís à Penha. Fui a pé desde a cidade subi as escadas intercalando corrida/caminhada - aquilo moeu-me a mioleira - fiquei cá com uma molesa, decerto foi o calor, outra hipótese é que uma máquina com 90kg de "cilindrade" não bebe 5 aos 100 como uma mais frouxinha, aquela hora já tinha o depósito vasio. Os "secretos" do JI são horrivelmente maus - chamar "secretos" a umas postas de baleia gorda com 3 dedos de altura é quase heresia. Arrotar banha e todo atordoado lá subi.

Dirigimo-nos para uma via que o João equipou no fim de semana, a via mais podre e decomposta da penha - Derrucada numa Noite de S.João.
O Luis fez a (FA) e eu a 1ª repetição - deve dar um V+, mas é muito marada. Começa por uma chaminé em que nos entalamos.

De seguida andei a ver as possibilidade de uma via à direita com top comum.
O Luís tentou ainda sem triunfar a "Aldir".
Passei a corda no top da "mandíbula" e andamos lá pendurados a ver o que aquilo pode dar acho que já descobri a sequência, agora é equipar. Mas aquilo ainda não é para as minhas garras. Apesar dos seus +/- 7 metros, é bastante extraprumada e alietória, constantes reposicionamentos de corpo e tendões rijos.

A cereja no cimo do bolo foi já de noite escura às apalpadelas na parede uma sessão de boulder.
Cansaditos lá descemos, com uma lua nova espectacular a iluminar o caminho.
foje lá daí que acho que isto vai cair...

terça-feira, agosto 08, 2006

entes misteriosamente enigmáticos

Os bravos bicigôticos partiram.

Fomos buscá-los da Teixinha a Marvão e voltamos à Teixinha, mais de 40km, não pensava que fosse tanto.
Mandamos umas bombas da praxe no tanque.
Começamos por um queijinho de ovelha e depois um arrozinho de polvo, bebemos um "tinto verano"
(eu bebi masi do que um...), por fim ainda bombamos um geladinho caseiro.
O João para além de escalar bomba muito bem na cozinha. O pessola foi dormir e eu voltei a casa. Hoje lá partiram rumo a Campo Maior.

A chegada de conterrâneos provocou-me saudades de quem fui.

Na altura tentava ser um eremita, queria conhecer o sub-mundo silvestre, saborear todas as culturas indigenas.
Atravessar a nado todas as águas secretas.
Alimentava fantasias de revolta contra o urbado e defendia o regresso às cavernas. Fui crescendo e domesticando.
hoje passo oito horas diarias fechado num bunker, à frente de um monitor radioctivo, cheio de poeiras electromagnéticas e fotões nocivos.
O Márcio "dejo", tinha uma máxima que vou tentar recordar, era algo assim parecido:
"Em breve serei o que fui porque se não for como era não sou"

segunda-feira, agosto 07, 2006

Transbicigótica


Helder, Alf e Ricardo

Hoje recebemos na Teixa amigalhaços do norte.
Vamos ter com eles às 18 a Marvão, para depois os acompanhar até casa do João. Ando com algumas ideias macabras [e cheio de folia], ainda pensei em os levar por umas pedreiras com desniveis na ordem dos 20%, mas tenho que me conter, os guerreiros merecem descanso, até porque já andam nestas lides à dias.

É com grande prazer e (viva excitação), que recebo conterrâneos do meu bosque natal, nestas terras que ficam para além do tejo. Muito sonho com aventuras similares montado na minha burra. Pura loucura. Um grande abraço para os três bárbaros Bicigóticos.

WEB >> bicigódos

sexta-feira, agosto 04, 2006

Olea Pyrus


Natália apertar o pescoço à boneca.



de berbecas em punho







a coisa está a começar a ficar feia


a arma do crime

Olea Pyrus - designação botânica de Oliveira Pereira.

Em 06 de agosto de 1945, Hiroshima e o Mundo conheciam o poder da bomba atômica. 37 anos depois dos japoneses ouvirem o alarme indicando a aproximação de um avião inimigo. Ouve-se uma sirene no hospital e em vez do B-29, batizado de "Enola Gay", é a D. Ana conhecida como "Aninhas". Que em vez de lançar a "Little Boy", lança a Natália. A vida em vez da morte.
Esquecendo os horrores que convém recordar para não se repetir.

Parabéns à Natália que faz aninhos Domingo.

A prendinha surpresa que reservamos para ela foi aberta à "moda antiga"
de baixo para cima e de cima para baixo. De barbecas em punho, martelo à cinta, chave, chapas, parabolts, etc etc, resumindo - carregado até às orelhas. Comecei a escalar aquela virgindade com muito muito ambiente.
As 3 últimas chapas foram metidas de cima para baixo (a bateria secou[o que é uma boa desculpa para combater a "molesa"]).

A Olea Pyrus - deve ter praí 35 metros, está lá casta e pura para ser sacada numa alvorada breve.
Beijo para a sextogradista.

Ovelhas não são para mato - 30m - 6a


Rabadas secret spot II
Decidimos oferecer uma via à Natália de prenda de anos, e nada melhor que a inóspita e secreta PENHA AMARELA, encastrada em profundo vale no mais remoto da Serra.

Entusiasmados com a ideia de vias como prenda, lembramo-nos que estaria a fazer um ano em que eu e o João nos conhecemos (pretexto para mais uma). Assim precisamente no dia do 1º aniversário (22 de Julho)nasce - "ovelhas não são para mato". Aproveito para fazer uma homenagem ao meu pai, frequente repetidor desta máxima, sempre que alguém ensarilhava nos auto-reverses da vida.

A via é muito decomposta aconselha-se o uso de capacete, caneleiras, joelheiras, cotoveleiras, ombreiras, coquilha, viseira, coleta à prova de bala, armadura... bem... o que a sanidade mental permitir.