segunda-feira, outubro 14, 2013

Encontro o Pastor chamuscado

Sábado dia 12-10-2010.
Rumamos à nossa serrinha, onde já não íamos desde à muito tempo. A convite do Sérgio Duarte e companhia, que nos esperava ao pé da lagoa comprida.
Pouco depois, a cerca de 5 minutos do carro, demos com um sector com fissuras à la carte.
Cerca de 20 vias de auto-proteção, a maioria com topes equipados, o que aliado ao entorno e à aproximação curta, fazem este sector muito apetecível e confortável, e certamente será bastante frequentado.

É de salientar o excelente trabalho de abertura e limpeza realizado, as linhas estão impecáveis, foram abertas de baixo e não existem pontos fixos, o que fazem uma ou outra via mais "apimentada". Mas a grande maioria são de fácil e abundante proteção.

O Ambiente no encontro estava bastante animado, quando chegamos encontramos várias cordadas penduradas e aproveitamos para cumprimentar malta que já não víamos há bastante tempo.

Começamos pela via: "Pé de Cabra", que é um diedro com duas fissuras "contra-viradas", o que permite uma escalada algo diferente e bastante interessante.


 De seguida fomos à via "Ovelha Choné", que é uma placa tombada, com uma série de fissuras diagonais.


foto: Sérgio Duarte


foto: Sérgio Duarte

Nesta via que achei espetacular reparei numa linha imediatamente à direita, que apresentava uma estrutura parecida, uma série de fissuras entremeadas com placa. Com a ideia de uma ascensão rápida e em libre, atiramos-nos a esta linha, que não sei se por ser demasiado "entremeada" de placas, se por ter as fissuras ainda com terra, não saiu muito rápido nem em livre. "O pastor desassossegadamente carbonizado" está lá para a primeira ascensão em libre.




De seguida encordei com o Alcino e fomos à "Tí Luis", talvez a melhor via do sector,  uma fissura que permite uma proteção fácil, mas que a escalda se faz por uma série de reglêtes e pequenas prateleirinhas horizontais, que apesar de suavemente extraprumada, permite nalguns momentos descansos completos. De seguida novamente com a Natália fomos provar o diedro  "em busca do tesouro perdido".






foto: Pedro Santos

As nuvens com partículas aquosas em suspensão já teimavam em permanecer àquela cota. E apesar de não estar propriamente a chover estava tudo bastante húmido, e com um frio que não estamos habituados. Já com o sol posto mais uma excelente via, costas no chão ou "Unha nos dentes", uma entrada com um passito de bloco e mais uma fissura espetacular até ao top.

Cansados mas não consolados, porque várias linhas com muito bom aspecto ficaram por provar, regressamos à estrada para ir jantar à praia fluvial mais alta do pais, o "vale do rossim", onde dormimos.




No Domingo, depois de um pequeno almoço reforçado voltamos à carga. O sector estava bem mais deserto, talvez devido à ameaça de chuva. Aquecemos motores na: "Aquece-mos", uma via que desiludiu em relação à qualidade das outras, esta apresenta um granito tipo broa de milho que se esfarela um pouco e é bastante irregular. Depois vendo melhor o croqui constatamos que seguimos por uns blocos à direita que já não faziam parte da via. Não poderíamos deixar de ensarilhar um pouco. 
Com bastante húmidade relativa, visibilidade zero e as paredes a ficar molhadas ainda fomos à "Sonhos", que é algo mantida e tem um final agridoce. Já cheios de reumatismo, moncos no nariz e húmidos até aos ossos,  fomos com o MC e o Filipe C. rumo a sul, e depois de um planalto cheio de sebastianismo messiânico demos com  uma pedra do urso soleada e bastante agradável, para a prática das "lapadas nas pedrinhas". 




Voltamos ao norte com a pele gasta  já de noite mas iluminados. Que boa é a vida no mato!



terça-feira, setembro 17, 2013

the dance of death

Os 3 abismados juntos de novo. Para celebrar:



by Peter Greenaway 

terça-feira, setembro 10, 2013

quarta-feira, maio 15, 2013

Alexei Bolotov (1963-2013)


"Las montañas por sí mismas no significan nada, son sólo piedras y hielo. Quien les da vida es el ser humano al subirlas y hablar de ellas; al vivirlas les da entidad. No podría decir que el montañismo en sí es un deporte, porque aquí no hay mejores o peores. Esto no son los juegos olímpicos donde uno es más rápido por tres segundos o porque ha saltado dos centímetros más. Aquí lo importante es que cada uno sea consciente de los límites de su cuerpo. Además, la fama que consigues con el deporte, para el alpinista no significa nada. Eso que llaman ‘gloria’ para el alpinista no existe. Esto no es fútbol o tenis. No da dinero. Por eso no vamos ahí arriba en busca de éxito, vamos porque es lo que nos da vida." Alexei Bolotov (1963-2013)

quinta-feira, abril 11, 2013

Bloco'Bico



Depois das abundantes chuvas, podemos finalmente voltar a dar umas palmadinhas nas pedras.

No Sábado passado fomos a este bosque


Apertar em regletes,

e deixar algum sangreee



segunda-feira, abril 08, 2013

La plus belle falaise du monde em crescimento - o possível Mito Alentejano

Cratera com mais de uma centena de metros de profundidade, por 20 metros de largura e 40 de comprimento.

Ver noticia no Jornal Público

Duas "crateras" no Porto da Espada

Duas grandes crateras, uma delas enorme, abriram sexta-feira ao final da tarde em terrenos junto à aldeia de Porto da Espada, na freguesia de S. Salvador da Aramenha - Marvão.

Ora mais de 100 metros dá para pelo menos 3 largos... hummm. Deixa chover, deixa chover.





quarta-feira, fevereiro 20, 2013

2012-10-20 baptismo na Meadinha

O trabalho, a chuva, o trail, a troika e mais uma série de distrações inúteis têm-nos afastado do essencial: a nossa amada Meadinha em particular, e da escalada em rocha no geral. Tirando uma ou outra chapadinha em pequenos calhaus, têm-se escalado pouco na natureza.

Em jeito de saudosismo português, colocamos aqui algumas imagens de um baptismo no Outono passado.
Uma primeira vez na meadinha, na minha opinião, é uma experiência que poderá ser determinante, para o bem e para o mal. Lendas e mitos não faltam.

Ao Luís Miguel calhou o 1º Largo da "S", um dos largos mais fáceis, mas ao mesmo tempo um dos mais bonitos. E logo de seguida o 1º e 2º da via "Meadinha", pelo estilo algo diferente do habitual.
Feitos estes fomos ao 1º, 2º e 3º da "Caravela Roxa". Feitas as contas foram 6 largos de escalada mega estética, sem grandes dificuldades técnicas.










um dia!