quinta-feira, julho 28, 2005

Escola Vertical Alentejana - Finalmente!

Em hora boa seres felizes.
Esta a nascer a tão sonhada escola de escalada da Penha de Portalegre (um lento sonho de 7 anos!).
Agora que somos mais sócios, e que finalmente conheci o João Constantino, escalador montanheiro (e dono de uma perfuradora de rocha dura). Já iniamos o delicado processo de limpar, escovar, tactear, experimentar, etc. Já chegou a primeir a encomenda de chapas e parabolts.
Brevemente darei mais noticias.
Adeus seres desejosos.

sexta-feira, julho 22, 2005

Frecha da Mizarela - Splash!



16 de Julho de 2005
splash 120 metros V+

Saí de Portalegre às 17:30 rumo a Lisboa. 8:30 encontro-me com a Natália, vamos a decathlon trocar o pneu da bici e comprar as tão ansiadas "half ropes", beal cobra II, golden dry - 50 m. Saímos de Lisboa próximo da meia-noite rumo ao norte.
Saímos da A1 em Albergaria, rumo a Vale de Cambra e daqui seguimos para a Frecha da Mizarela, onde chegamos lá para as 4 e tal da madrugada.
O habitual escolher um chão fofinho, montar tenda, estender as mantas, xixi e cama. Acordo com a primeira luz da manhã (talvez meia hora depois de ter adormecido...) se não fosse o suprematíssimo cansasso teria saído aquela hora, venho fora da tenda apanhar ar, ver onde estou e volto a dormir.
Levantamo-nos as 8:30, pequeno almoço, desmontar tenda preparar material - tudo sem pressas.
O trilho que nos leva à base da cascata é das aproximações mais bonitas que se pode fazer. Sempre a descer por meio de densa vegetação e caótico arvoredo. Já no fundo as lagoas cristalinas, com o calor que se começava a sentir faziam-nos propostas indecentes. Mas recusamos humildemente, desafios mais altos se aproximavam.
Começamos a escalar por volta das 11:30h.

Largo I - "cuerdas desflorement" | 20 metros | IV
O primeiro largo começa à esquerda da cascata, um diedro à esquerda de uma placa (+/-15 metros). Depois de superar uma grande laje incrustada no diedro, à esquerda iniciar uma ligeira travessia diagonal por uma plataformazinha para os pés 4 ou 5 metros, onde encontramos a primeira reunião em dois poderosos parabolts com cadeado e argola, imediatamente por baixo do característico tecto.

Largo II - "Psiconisca" | 15 metros | V
O segundo largo é um agradável pesadelo horizontal por debaixo do tecto. Tive o cuidado de colocar muita tralha naquela fissurinha para evitar o alucinante pendúlo da minha querida companheira de cordada "The Incredible" Natália. No fim da travessia um "parabost" com argolinha onde passei a corda com carinho. E com respirações profundas evitei as marteladas do pânico (não gosto muito de estar pendurado sem sentir o suave tacto da rocha). Neste ponto é necessário com a ajuda da corda superar uma chaminé à esquerda, uma espargata, suor frio, impulso e ufa!! Estou no outro lado, os pés a escorregar a parede que me irá receber os dentes a sorrir para mim. Resisti à ideia de me deixar cair (após o pêndulo esborrachava-me no negro granito). Agarrei-me com desespero e superei um pequeno pilar para a esquerda, onde pude saborear a tranquilidade de uma excelente plataforma onde montei a segunda reunião com uma fita e dois friends. Faltava a travessia da Natália, que a fez com o maior calma e tranquilidade.

Largo III - "Humus decompostus" | 25 metros | IV
O terceiro largo segue o diedro numa ligeira diagonal à direita, muita terrinha e ervinhas e piquinhos. Após 7 ou 8 metros neste diedro, segue-se uma placa decomposta à esquerda, pedra solta e muito suja após 7 ou 8 metros transforma-se numa fissura diagonal tb à esquerda. Cheguei à chaminé (O passo mais difícil da via), e como não tinha material suficiente (culpa das reuniões fortificadas anti-ataque terrorista), montei a reunião antes da chaminé com duas cintinhas.
A água precipita-se irregularmente no ABISMO BRANCO salpicando-me agradavelmente a pele com frescos beijos.

Largo III - "air placatus" | 30 metros | V+
A Chaminé miné tem 3 ou 4 metritos, deu para fazer o gosto ao bicípites, dois camalotes e depois o piton depois da chaminé segue-se uma placa abundante de presas 7 metros, que subi em pequena diagonal à direita, que leva a um diedro sobre placa, sem problemas apesar de escorregadia. Montei a reunião numa base horizontal com dois aliens e um parabolt (os aliens eram só para o estilo). A comunicação da cordada era bastante difícil, o barulho da água, o ventinho e a distância, mas lá nos entendemos.

Largo IV - "salpicus" | 25 metros | IV
Fissura tombada sem problemas durante 7 ou 8 metros, depois uma série de degraus. A queda de água é uma presença e a altura começa a sentir-se, o abismo nas costas espraia-se na verdura. Reunião já ao nível de onde a água se "manda".

Largo IV - "finitus" | 25 metros | IV
Diedro de 3 metros à esquerda, depois uma série de lajes, blocos e curvas, very very easy, e ultima reunião num pinheirinho.

Dobramos as corditas e corremos para a recompensa. Um SPA de algas musgosas numas possinhas de água fresca (em cuequinha tá claro). Passamos no café para uma água fresquinha e tá no ir para poder-nos voltar.

Adeus seres feliz!

terça-feira, julho 19, 2005

trip em Manzaneda


Julgo que foi no Natal de 2004
4 ensarilhas foram a espianha.